Anarquismo verde

Anarquismo verde
Foto de Walfrido Neto- Anarquia Verde

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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

CHUVA FINA NÃO-BOA




Ai, que triste chuva fina,

sem o vento que a vida, empina,

vem dos frios ares do sul,

ao sudeste de nossa esquina,

cai, em vão, de'um céu não-azul,

em quem se vai,

assim tão menina.



Ai, chuva fina. É garoa

que descansa no ar, bem à-toa,

na manhã que seria verão.

Que chuva fina não-boa,

celebriza o frio a São Paulo

e tira o sol da Gamboa.



Nota do autor.

"Um dia nos reencontraremos, meu doce Anjo Lilás."



Roberto Armorizzi

domingo, 23 de outubro de 2011



Um início de chuva,

pega-me na curva,

aqui na rua da cancela.



Isto não me perturba,

ando na tarde turva,

embaixo de minha'umbela,



só para ver como está, ela,

minha querida Maristela,

que me olha de sua fria janela.



Roberto Armorizzi



segunda-feira, 5 de setembro de 2011

UPA, CAVALINHO !



Eu vou amansar
meu cavalo tão bravinho,
e poder passear.

Nota do autor.
“Cavalo bom é cavalo manso.”

Roberto Armorizzi

NATAL E ANO NOVO



Disse, feliz, o velhinho:
- Um novo Natal já chegou,
achei, outra vez, o caminho,
o meu mundo recomeçou.

Fala, o adulto, sorrindo:
- Que amor – novo mundo já vem;
o chão continua florindo,
plantemos nos campos do bem.

Todos se confraternizam,
doando os carinhos seus;
Natal e Ano Bom se eternizam,
selando a obra de Deus.

Virá sempre nova esperança,
Natal e Ano Novo: é o amor;
futuro vem feito criança,
na paz do Menino-Senhor.

Roberto Armorizzi

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

RECINTO



Dói-me tanto ... sinto
a dor que não passou,
prende-me agora, o recinto
que antes me libertou.

Faço com meu passo, a senda,
o amor que não te dou,
ó pena que não escreve ... nem desvenda,
é assim, pois triste estou.

Um rio que sonha,
sem mar, transbordou,
enchente medonha,
amor terminou ...


Roberto Armorizzi

domingo, 21 de agosto de 2011

LINDO SER !



Ela chegou vestida de negro,
esbanjando “charme”.
O negro de seus olhos
causou-me grande alarme.

Mas trouxe um claro ser,
de luz e bem querer,
olhos amigos, lindos de viver ...

Sorriso conciliador,
amigo de um grande amor.

Nota do autor.
“Entidade conciliadora.”


Roberto Armorizzi

domingo, 7 de agosto de 2011

CUSPIR


Oi! Quem quer cuspir?
Pode ser, mas olhe bem,
se cuspe já tem!

Nota do autor.
“Hoje, nada é intacto.”

Roberto Armorizzi

sexta-feira, 29 de julho de 2011

CAPINZAIS – PEDREGAIS



Capins crescem no pé
das pedras que não caem mais.

Pedreira,
onde granitos foram quebrados
em mil “porretais”.

Sim, os capins crescem
como um gracejo de vida !

Carros passam pela frente e por trás,
olhando hoje a paz sem vida que invade os capinzais,
e embalam fúrias de solo rachado e perdido,
dos sombrios pedregais.

Nota do autor.
“Nas pedreiras abandonadas, as pedras se confundem com os capinzais.”

Roberto Armorizzi

segunda-feira, 13 de junho de 2011

VAGA MARÉ



Mar,
sob o grato céu
visível, crível e sem par;

mar,
linha
ondeva , que busca
a forma de um mundo,
em seu amplo findar;

oceano,
vasto e úmido espaço,
que pensa, pelo mundo, avançar;

mar,
maríssimo amor
de luz, de céu, ... de mar.

Nota do autor.
"É este o mar que sempre espero."

Roberto Armorizzi

quinta-feira, 9 de junho de 2011

DO OURO AO ALGODÃO



Por que é difícil
suspender pedacinhos
de algodão,
quando seu peso
encontra, no amor,
ostentação?

Por que é tão fácil
suspender toneladas
de ouro,
quando esta leveza
encontra, no desamor,
sublimação?

Algodão e ouro:
verdade e tesouro ...

Nota ao autor.
“Esta dualidade aparenta ser imperfeita e, ao mesmo tempo, perfeita.”

Roberto Armorizzi

segunda-feira, 23 de maio de 2011

SOPRO DE VENTO NO TEMPO DA VIDA



Vento não soube soprar,
tempo não viu seu passar,
vida não pôde esperar,
o’amor não quer esquecer;

amor faz mundo crescer,
vida não pode morrer,
tempo parece entender,
vento vem, chuva, espalhar;

amor supera o tempo,
vida se espraia no vento,
tempo é jogo da vida,
vento é sopro do amor.

Nota do autor.
“Questões que se encaixam em tempo de amar.”

Roberto Armorizzi

terça-feira, 17 de maio de 2011

I LIKE TO DANCE SAMBA



Samba is easy to dance,
yes, samba is very good,
samba, I always understood;

samba makes me sleep,
samba makes me wake up,
but never makes me shut up;

samba shines in my eyes,
samba enchants my face,
samba open my space;

I talk all the times,
you can really call “bamba”,
everyone to dances samba.

Author’s note.
“Samba lives in my soul.”

Roberto Armorizzi

sábado, 14 de maio de 2011

FILME EM PRETO E BRANCO





O dia é branco,
negra é a noite;

apesar das cores
da natureza, que temos;
e das luzes
que pouco-a-pouco perdemos,

como num filme
em preto e branco,
vivemos ...

Nota do autor.
“Somos os atores.”

Roberto Armorizzi

domingo, 24 de abril de 2011

LEVEZA



Antes eu era eclético,
depois passou o tempo,
e’eu quis ser só estético,
muito peso, nem pensar,
tenho que ser dietético.

Eu não sou cético,
nem hipotético,
não sou filósofo
peripatético,
só quero falar
em tom profético,

amanhã serei
um ser poético,
de padrão esquelético ...

Nota do autor.
“Por enquanto, o negócio é ser estético.”

Roberto Armorizzi

VOVÓ E VOVÔ



Vovô Ivo’ouviu,
vir Ivana’em viva voz:
- Vem, vovó Eva!

Nota do autor.
“Aliterações acerca de vovó, vovô e Ivana.”

Roberto Armorizzi

domingo, 17 de abril de 2011

MARCAS PÉS NA CALÇADA


Há marcas de pés.

Por que pessoas pisam

calçadas frescas?


Nota do autor.

“Tais marcas de pés serão fósseis de homo sapiens sapiens no futuro?”


Roberto Armorizzi

quarta-feira, 13 de abril de 2011

CONJUGAR (poema pós-moderno)


Bendito sou,

maldito és,

bonito é,

somos nós,

sois vós,

são eles ...


Nota do autor.

“Sim ou não? Não! É sim e não.”


Roberto Armorizzi

sábado, 9 de abril de 2011

AFLIÇÃO DO SABER

Alguém disse, hoje, no metrô:
- ela sabe quem eu sou!

Com espanto, assim pensei:

... ela não sabe quem não sou,

ela sabe e não sabe,

nem eu ...

Isto porque não sei o que é saber,

na medida em que penso que sei!

Ajuda-me, ó Sócrates!


Nota do autor.

“Melhor nada comentar.”


Roberto Armorizzi

quinta-feira, 31 de março de 2011

SAPO NO SAPATO


Lá na roça eu vi,

um sapo em meu sapato,

foi tão gaiato!


Nota do autor. “Cuidado para não amassar o sapo ao calçar o sapato.”


Roberto Armorizzi

FAÇA-SE O SOM DO SILÊNCIO



"Não é que não haja som no silêncio. Silêncio é som que não queremos ouvir. O som que nos atrai, podemos percebê-lo no mais calado e profundo silêncio de nossa alma."


Roberto Armorizzi

sábado, 26 de março de 2011

PORTAS

Espírito só,
vejo’em noites, ao passar,
no canto do olhar ...

Nota do autor.
“Entidades noturnas de nossa psique.”

Roberto Armorizzi

PEGADAS


Homens plasmam suas pegadas,
tanto no céu quanto na terra,
tão longas são suas passadas,
que simples tempo não as encerra ...

Há homens que deixam pegadas no chão,
são seres benquistos, porém pouco vistos,
e assim são os chamados Cristos ...

Também há homens que são mais comuns,
pois não são somente alguns,
eles bebem do vinho cheio de faltas ...

Já têm homens que deixam pegadas no céu,
são deuses invisíveis, infalíveis, irrecorríveis,
que são o sentido e dão o caminho,
ou então, meros astronautas ...

Têm também os que não são homens,
mas, da ilusão, têm suas vestes,
os numinosos extraterrestres ...


Nota do autor.
“O que não consegue compor a mente humana?”

Roberto Armorizzi

terça-feira, 22 de março de 2011

CHAVE


Giro a chave
para abrir a porta,
oh, que vida torta!

Nota do autor.
"Abrir a porta para a mente."

Roberto Armorizzi

CASCALHO


Diga-me o preço,
porque só o “cascalho”
mostra’o que mereço!

Nota do autor.
“Ser ou ter?”

Roberto Armorizzi

DÚVIDA!



Dúvida,
por que me fazes assim tão feio?

Por que me obrigas
a um grande custeio,
que acaba com meus pertences
e espanta o amor que não veio?

Dúvida,
vai embora e não voltes,
não quero ficar no meio,
somente a quietude da noite
dispersa dia tão cheio.

Não vou’me’envolver contigo;
dúvida,
eu te odeio!

Nota do autor.
“De uma coisa estou certo: não quero ter dúvidas.”

Roberto Armorizzi

sábado, 12 de março de 2011

VIDA DE VIDA


Um claro resquício de luz
do sol, em frente ao mar,
na cidade, brota

e revela nítido
voo rasante,
dela que belisc’a espuma,
em busca do peixe
que vira coisa morta ...

Gaivota!

Pel’a vida,
vida perdida
não importa ...Nota do autor."Filosofia do processo da vida"

Roberto Armorizzi

BESSS ... OURO


Flor amarela
sorriu, lindo tesouro
para’o besouro ...

Nota do autor.

"Perfeita integração de vegetal com animal."

Roberto Armorizzi

sexta-feira, 4 de março de 2011

PES...SOAS!


Pessoas parecem boas,
pessoas parecem pias,
pessoas parecem calmas,
pessoas parecem vias;

pessoas parecem bruxas,
pessoas parecem santas,
pessoas parecem loucas,
pessoas parecem tontas;

pessoas parecem carros,
pessoas parecem casas,
pessoas parecem fundas,
pessoas parecem brasas;

pessoas parecem nada,
pessoas nada disseram,
pessoas só fazem sempre,
aquilo que sempre fizeram.

Nota do autor.
“Nada de novo com as pessoas.”

Roberto Armorizzi

FIGURA


Ó, Madalena,
gnóstica ternura,
em sua figura.

Nota do autor.
“Santa sem medo.”

Roberto Armorizzi

domingo, 27 de fevereiro de 2011

O BUFO

Faça o bufo dançar,
faça-se, então, sofrer;
faça o bufo chorar,
faça-se bem viver.

Nota do autor.
“Você é o inverso do bufo.”

Roberto Armorizzi

VIDA


Razão de viver,
de verde, és a dama,
teu amor’é chama!

Nota do autor.
“A vida é o fogo do amor.”

Roberto Armorizzi

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SERES DO MAR

Olho para o mar
e'vejo uma sereia,
não, é’uma baleia!

Nota do autor.
“Mito e realidade juntos no mar.”

Roberto Armorizzi

sábado, 19 de fevereiro de 2011

TU ÉS PASSARINHO


Que gaiola é essa?
Salta e voa, passarinho,
para o ar da vida!

E as penas,
conserva apenas
as de teu corpo
leve e absorto,

e voa
de porto em porto ...

Nota do autor:
“Metáfora de ti mesmo.”

Roberto Armorizzi

QUERO A NOITE



De madrugada,
eu subo a escada,
e’não penso em nada.

Nota do autor:
“A beleza e a liberdade da noite.”

Roberto Armorizzi

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

ASNO RUIM DE CASCO


Fui a Osasco,
em asno ruim de casco,
belo fiasco!

Nota do autor.
“Sempre escolha bom asno para suas andanças.”

Roberto Armorizzi

BEM QUERER


Maria José
não queria
José Maria,

José Maria
não queria
Maria José.

Maria José
bem queria
Maria de Maria,

José Maria
bem queria
José de José.

Hoje penso,
passa’o tempo,
quem diria,

são presentes
os quereres
de’hoje em dia!

Nota do autor:
“Amor é sempre amor.”

Roberto Armorizzi

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

IMAGEM


Prefiro
um pequeno sorriso,
a ter um eterno rancor;

não quero
o amor indeciso,
por ser um reflexo da dor.

Nota do autor.
"Um sorriso de apenas um instante supera qualquer eternidade.”

Roberto Armorizzi

domingo, 30 de janeiro de 2011

MUNDO PALHAÇO


O palhaço é do circo,
o pão, da padaria,
o pão, fornece o trigo,
o circo, “palhaçaria”.

O circo mostra’o palhaço,
padaria, esconde o pão,
mas pão, do trigo, faço,
padaria na minha mão.

No circo, fico calado,
padaria “me dá trabalho”,
de circo, estou cansado,
sem pão, eu “m’estraçalho”.

Nota do autor.
“O espetáculo circense do pão.”

Roberto Armorizzi

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

“INOCÊNCIA ROMÂNTICA”


Algo inusitado era presenciado quando algum novo morador chegava àquele bairro. Minha rua era divertida, pois havia muitos meninos animados, como eu, ali, naquela época.
Mas alguns atos “sacanas” eram feitos aos jovens (homens) recém chegados, como por exemplo, deixá-los totalmente nus no meio da rua, pendurando suas vestes e calçados no alto dos fios de eletricidade. Era uma situação vexatória, até que chegassem em casa e vestissem outras roupas.
Naquele tempo (anos 70), em época de verão, as pessoas ainda podiam dormir com suas janelas abertas, sem medo de ladrões e, por isso, de madrugada, passavam por ali meninos travessos a jogar ovos crus pelas janelas das casas, os quais ao se espatifarem, deixavam o interior das residências, lambuzados de clara e gema.
Era muito desagradável quando, de manhã, as pessoas despertavam e viam seus quartos e salas melados com o conteúdo de todos aqueles ovos. Porém, no fundo, aquilo não passava de “inocência romântica” que não se vê mais hoje em dia.
Apesar de nunca participar dessas brincadeiras, confesso que achava aquilo tudo muito engraçado.


Roberto Armorizzi

O QUE SOU


Entrei no brechó,
que susto – vi meu busto,
mudo e vetusto.

Nota do autor.
"Se não quer ver seu busto, não entre no brechó."

Roberto Armorizzi

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

VERDE AMOR


Onça pintada,
onde está seu verde amor?
Cidade levou!

Nota do autor.
"Não chamem a onça de fera!"

Roberto Armorizzi

TEMPO DE GARÇAS “MAGRIÇAS”


Garças brancas e “magriças”,
aladas de suas preguiças,
voam no céu, sobre a orla;

outras delas, despencam e descansam
poisadas sobre ilhota pétrea,
cercada de’água salgada e fétida
do mar empoçado de’agora ...

Tudo em volta, chora,
a beira, na mata, embrenha
casas, galpões e até sereias,
umas belas, outras feias ...

Ao fundo do horizonte,
dorme o velho templo,
esplendor sobre íngreme penha,
que o bairro de mesmo nome, desenha ...

E num triste fundo de vidas,
destinos e florestas “escalpeladas”,
natureza e pedra, de tanta ira, ficaram caladas,
desde o dia em que as garças
entenderam que foram fotografadas!

Nota do autor.
"Esperemos que as garças olhem suas fotos."

Roberto Armorizzi

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

DOENTIAMENTE SAUDÁVEL


Ó, vil pedaço de corpo
“de mente” insegura de ser;
qual é o seu mundo autêntico?
Incertezas depressivas,
inconstâncias passíveis
de questões explosivas?

Alma cansada, ou até “penada”,
localizada entre a carne e o espectro,
espasmo, orgasmo do intelecto,
feliz humor de crise,
infeliz aspecto;

desprezo,
questiono,
contesto,
enfim, detesto!

Sofro o desplante
de um pseudo “introspecto” ...

Preciso chegar incólume naquilo que hei de ser!!!


Nota do autor.
"O caminho mais difícil é o do próprio eu."

Roberto Armorizzi

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

LUZ QUE OCULTA


A noite volta
para mostrar aquilo
que’o dia esconde.

Nota do autor.
“Há momentos em que a luz ofusca os olhos.”

Roberto Armorizzi

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

O AMOR E O PÓ DOS SÉCULOS


Por que me perturbas,
através deste quadro?
A pintura torna-se viva
quando, com jeito leviano,
tu te deixas pousar
no suporte da lâmpada!

Atormentar-me,
eu sei que pretendes,
em razão d’eu
não querer admitir
que te amo ...

Maldita bruxa!

Por que voas para o quarto,
e quando, de ti, vou atrás,
desapareces, deixando-me perdido
na ânsia do teu encalço?

Quero negar a pintura,
anular feiticeira imagem,
que nela se enquadra ...
Mas não posso!
É a única senda
por onde posso caminhar!

Não, não quero
ver-te passando em voo,
com suas peludas asas
de obscura mariposa,
a espalhar o pó dos séculos,
para, meus olhos, cegar ...
Preciso não enxergar!

Porém, quero sentir-te,
linda na grande obra,
por mim, um dia, pintada,
e nesta vil parede, postada!

Mulher, tu não me esqueces,
nem me deixas esquecer-te ...

De longe, vens,
cruzando o vazio éter,
trazendo o fogoso carinho
que queima
minh’envergad’alma,
que ainda pede por teu amor!

Não importa que a dor,
em vão, não sare meu espírito ...
Estarei sempre, teu retorno, a esperar,
sem querer, nem poder recuar,
pois invade-me ainda,
teu velho amor secular!

Nota do autor.
“Nesta peça poética, o velho amor secular confunde-se com nosso ininterrupto caminho de finitudes.”

Roberto Armorizzi

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A VOZ DO MAR


Eu falo do mar,
o mar não fala de mim,
ele fala'em nós.

Nota do autor.
"Discursamos com a voz do mar."

Roberto Armorizzi