Anarquismo verde

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Foto de Walfrido Neto- Anarquia Verde

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terça-feira, 15 de junho de 2010

EXPIAÇÃO DE UM BODE ESPIATÓRIO

Era uma vez, Bodão,
um bode a passear,
que gostava
de as bodas, olhar.

Além de curioso,
era bode ambicioso,

só olhava
bodas de prata, ouro, diamante,
com um rico olhar ditoso.

Um dia,
de tanto espiar
as belas em seu passar,
conheceu Glória, boda solteira,
deveras rica e faceira,
que o fez apaixonar.

E foi assim tão lindo o’sonho,
que, com ela, quis se casar,

mas teve relação não-grata,
nem completou bodas de lata,
pois bem logo ela se foi,
para não mais retornar.

Depois de muito chorar,
nunca mais ele quis voltar
às lindas bodas, espiar.

Após essa triste história,
Bodão perdeu sua “glória”
de um grande espiador,

caiu em mundo ilusório,
chegou a ser vexatório,
sua vida assim desabou.

Por ser tão espiatório,
depois de desfeito o casório,
fez-se bode expiatório
da culpa que nele ficou.


Nota do autor:
"Esta é uma lição para o conquistador barato, pois não se deve cobiçar as bodas sem ter o devido lastro."


Roberto Armorizzi

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