Anarquismo verde

Anarquismo verde
Foto de Walfrido Neto- Anarquia Verde

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sexta-feira, 23 de abril de 2010

VIOLETAS


Violetas em campos felizes,
violetas em campos lindos,
violetas, formam matizes,
violetas em campos vindos, findos...

Violetas em chuvas finas,
violetas em temporais,
violetas tão pequeninas,
violetas grandes, fatais, morais.
- Vêm, violetas!


Nota do autor:
“Senti vontade de falar de violetas. Violetas, flores ou não!”
Roberto Armorizzi

domingo, 18 de abril de 2010

SECAS LÁGRIMAS

Não devo mais verter
infinitas lágrimas
de um seco e ébrio fluido.

É o momento em que corre o tempo,
gira o mundo
e as pedras constroem a vida.

Há muito que caiu o copo,
espalhando a água.

Mas hoje é tempo de felicidade.

Para isso, chego na pura expressão da consciência humana.


Nota do autor:
"O retorno ao tempo."

Roberto Armorizzi

sábado, 17 de abril de 2010

SER ESPELHADO


Vive olhando o monstro,
ser espelhado,
homem ousado,
para a imagem, voltado;

sonha em passar por um deus,
velando seus “eus”,
homem castrado,
dentro do mundo, cercado;

pensa no amanhã querido,
futuro perdido,
homem fixado,
mercê da sorte, levado.


Nota do autor:
“Ser espelhado, olha mas não vê seu reflexo.”
Roberto Armorizzi

domingo, 11 de abril de 2010

MUNDOS ETERNIZADOS

Ouve-se “sons afunilados”
na deformação de espaços
de vivos crucificados
e’spíritos desencarnados;

passam em “tons acinzentados”,
mas encontrarão regaços
em sonhos santificados
por mundos eternizados.


Nota do autor;
‘Os “sons afunilados” em “tons acinzentados” que permeiam o caminho da luz’.

Roberto Armorizzi

VISÃO DE LUZ


Tua visão é bela,
desses mundos paralelos,
carregas o fluxo astral,
que’outra dimensão traduz;

tua visão é simples,
dessas forças “naturais”,
levas ao mundo “além daqui”,
o poder e imensidão da luz;

tua visão é rica,
como a “flor” qu’é divinal,
carregas a dor do perdão,
sem clamor de vibrações fatais;

tua visão é livre,
nessas vidas já passadas,
invades as noites d’alma,
com clarões de redenções totais.


Nota do autor:
“Visão de luz que podemos acessar lá dentro de nós.”

Roberto Armorizzi

sábado, 10 de abril de 2010

HIPÓCRITA? POR QUE?

Achas-me hipócrita?
Por que?
Acontece que somos humanos,
Ou insanos, ou mundanos, ...
É o que somos;

por que ao outro, julgar,
se não sabes enxergar
o que de ti, aquele vê?

Achas que falas
somente verdades?
É certo que não só,
pois ninguém disso é capaz,
só verdades, não dirás;

se falares o que pensas,
uma guerra, acharás,
ou te atreverás?!

Nota do autor;
“A paz deve muito à hipocrisia social.”

Obs: Este poema retrata um ponto de vista. Há que respeitar outras opiniões.

Roberto Armorizzi

sexta-feira, 9 de abril de 2010

PARTIR


Tanto tempo faz que partiste,
partindo meu coração;

quanto tempo faz para mim,
será que para ti tanto faz?
Será que partir deixa inteiro o tempo, o coração,
ou será que o tempo se parte ao partir, ou se perde?
Talvez faça parte do tempo
ou do amor, em torno desse tempo;

quero ser parte desse amor,
desse mundo sem tempo,
para partir, repartir...
Pois teu mundo foi só partir,
e o meu, pensar em voltar;

pensar no dia do amanhã, na partida?
Nem pensar;

é melhor partir sem pensar, falar,
ouvir, sentir...
Ficar pensando, estar aqui...
Ficar de uma vez, ficar por aqui...
Ou voltar...
Quero voltar, ficar e te amar...
mesmo num amor de não voltar!


Nota do autor;
“Partir, só partir, é partir por partir; voltar, só voltar, é voltar por voltar; mas ficar, só ficar, é ficar para amar.”

Roberto Armorizzi