Ai, que triste chuva fina,
sem o vento que a vida, empina,
vem dos frios ares do sul,
ao sudeste de nossa esquina,
cai, em vão, de'um céu não-azul,
em quem se vai,
assim tão menina.
Ai, chuva fina. É garoa
que descansa no ar, bem à-toa,
na manhã que seria verão.
Que chuva fina não-boa,
celebriza o frio a São Paulo
e tira o sol da Gamboa.
Nota do autor.
"Um dia nos reencontraremos, meu doce Anjo Lilás."
Roberto Armorizzi